Encerraste meu olhar na tua imagem para cessar minha vida na tua imagem confusa, inerte, só. A morte não é só como a tua imagem. Não sou o fim da tua imagem. Eu nasci da tua imagem, que ela permaneça em mim, mesmo sem nada dizer. Tudo deveria terminar em canção, como uma imagem perdida, sem amor, de onde vejo o silêncio da imagem como um fim em uma canção que criei: a canção da esperança, que enalteceu o fim num amor esplêndido: o de reconhecer que minha vida cessou, tornei-me a música que criei. Eu tornei o meu fim o começo de mim, onde não tenho mais medo de cantar a esperança do fim, sem nada esperar da vida, do fim. Não quero que essa canção se perca no atordoamento humano, que ela deslize em minha voz e eu consiga expressar a beleza da vida no meu amor, que é mais eterno que qualquer canção, é amor. Como seria bom se todo fim tivesse a eternidade do amor, eu iria morrer feliz, como se a canção fosse o silêncio da minha alma, onde as palavras me conquistaram num silêncio de amor. Deixei tua imagem pelas minhas palavras, aprendi a ser eu, sem ser só.