A determinação do ser é a indeterminação da alma. Ilusões infelizes me preenchem, ficam eternamente na alma, obedecendo cegamente ao passado. É como se o passado fosse eternidade da vida a me matar. Morre, alma, sem eternidade, mas me deixa viver o passado no não vivido. Não é apenas a vida que me separa de mim, é tudo: a vida, a morte, a eternidade e até eu mesma. No fim de nós duas, a vida nascendo, de uma eternidade maior do que a vida, de um amor perfeito, supera o próprio amor, como se pudesse invadir o céu de amor como invadiu o meu coração de amor, até pelo que desconheço em viver, já amo, pela força de desconhecer, o que posso conhecer, apenas sem o amor. Assim, conquisto a morte, vivendo cada vez mais, com a certeza de que não vou morrer: aprendi a sorrir, a amar, a ser feliz. É como viver pela primeira vez, com o consentimento da vida, de eu ser feliz. Alegria é o fim desejado no não ser de mim, que acelera meu coração, minha alma, na existência da vida a cessar. O que vai ser de mim? Vou ser feliz!