O destino não é a morte, é a vida. Continuar o destino sem destino é amor, que resseca o perdido, sem o fim do amor infinito. Amor, está a esperar por mim ou pelo meu destino? Tudo rumo ao nada no sem o nada de um destino. O destino da alma é o ser. Ler me tira do mundo para um mundo melhor. Na leitura, o amor é mais do que amor, uma árvore não é uma simples árvore, é a alma de alguém, que não morre completamente. O sorrir da árvore é a Natureza. O balançar da árvore é o fim da Natureza a se expressar. A morte é apenas a distância de mim, que salta da alma, faz nascer o mundo. Mundo que era a morte, agora é escuridão do meu ser, que nunca é vazio, por causa da escuridão do meu ser. Onde há escuridão, não há vazio, medo, tudo é apenas escuridão, nadando nos meus sentimentos, como o boiar profundo de uma lágrima de luz. Eu vivi o que eu tinha em viver, por isso sorrio ao nada e agradeço o que vivi, cedendo à morte, numa entrega de corpo e alma, onde eu sou apenas um detalhe na minha morte. Mas morrer também é um detalhe. Amo tanto, que não sinto que morri, de tanto amor.