Blog da Liz de Sá Cavalcante

A linguagem da morte não adere à morte

A morte não conhece sua linguagem, que não é a fala, é a morte dentro dela. Não existe o tempo para morrer. Morrer é apenas o desejo de morrer. Tudo se diz com a morte, como se não houvesse o suspirar, por isso o que foi vivido foi esquecido sem suspirar. Sem suspirar, como se a sede fosse beber amor. A força é um obstáculo para sentir a eternidade de um suspirar. Não me esqueci de que morri, é o meu suspirar.