Blog da Liz de Sá Cavalcante

A alma vive só em seu sofrer

Eu sofro junto da poesia, a alma não tem ninguém. O silêncio, aparência da alma. Esperar a aparência da alma desaparecer na solidão de um olhar. É como se o olhar da solidão fosse a aparência de uma aparência. A alma existe apenas em si mesma. A lembrança é a falta da vida, que não pode ser uma lembrança. A vida do amanhã nunca será a minha vida. A alma não tem morte, vida, é como uma brisa. Nada é passageiro, tudo permanece pela alma, quando a alma desaparece. A permanência tornando-se alma, para desaparecer como alma, não conseguiu desaparecer. A permanência da alma é frágil para desaparecer. O tempo determina o nada de ser.