Blog da Liz de Sá Cavalcante

Se ainda me amasse

Pedaços arrancados de mim, sem derramar teu sangue, sem dizer teu nome, no maior do desespero. Não falo, mas penso. O sangue cessa sem ausências. Perdi mais do que a vida, perdi-te. Nunca tive, foste apenas a minha idealização de ti. Deixa-me lembrar do nada, como se pudesse me lembrar de ti. Ausências se perdem no nada de ser. Sonho de amor, volta no tempo, desperta o abandono em mim, para que eu perceba que não era sonho, era náusea. Custei a viver sem sonhos, agora meus sonhos sou eu. Se ainda me amasse, eu não seria eu.