A vida partiu num sorrir eterno, como se soubesse de mim, do meu sofrer. O desaparecer da ausência é o sono eterno, sem alma, que refaz a alma. Por que não posso sonhar na alma? Não há lembranças suas nas minhas, por isso tudo sinto e se mistura dentro de mim, como se o sol fosse esquecido pela ausência do depois. O sol modifica a ausência no esquecer, na dor que reage ao amor. O que não tem lembrança não pode ser esquecido. Eu guardei o esquecer dentro de mim, como algo precioso, raro. Por isso, é difícil esquecer, como a imensidão do infinito, que diferencia as palavras do ser.