Possui-me, como se não significasse nada para mim. Sua indiferença seria o seu amor por mim! Suavizar o início com o fim. Significar não significa o fim. Eu vivi o suficiente o esquecer do fim. Quero ser meu próprio esquecimento. O vento, fim de um sol amoroso. Morrer é entrar dentro do sonho; o sonho passa a ser eu, e eu o sonho. Despossui-me do nada sem morrer, quem sonha não morre, fica encantado. Tudo serve para morrer, nada serve para viver. Não morri, sou filha da morte, dos laços inesquecíveis de ternura, que me fizeram morrer como um pássaro abrindo as asas. Morri como um pássaro sem asas, por mais que tivesse asas para voar, não quis. Voei em morrer, em não te dizer “adeus” como disse “até breve”.