Blog da Liz de Sá Cavalcante

O muito do pouco em mim

Nada pelo fim. A causa, o fim, o princípio da morte é o amor. Escuridão da minha luz, dá-me um pouco da tua luz, como solidão da minha alma. Mas minha luz não me ilumina, deixa meu amor vazio, tão vazio quanto o sol que não consegue se esconder sem amanhecer. O fim é a eternidade do sol sem o sol. Nada no sol é distante como o amor. Terminar uma poesia é como jamais haver sol no meu amor, que deixa haver sol na minha imaginação. O sol que imagino tem uma luz que não poderia imaginar nem nos meus mais perfeitos sonhos. Sol, perfeição da vida. Sem a vida, o sol é puro, como se pudesse ir além de si mesmo. O sol é uma sensação de luz, faz-me mulher ao me iluminar sem luz. O sol tem o tempo do céu para me fazer feliz! O respingar afasta a luz na luz de um saber indefinido, pode ser a ilusão da luz no sol, onde nenhuma luz pode ser o meu amor. Do muito do pouco em mim, surgiu a luz do meu olhar.