Blog da Liz de Sá Cavalcante

A verdade na verdade do ser

Este sonhar é: pregar o nada, no queimar sem pele, sem adeus. Sonhar não é nada, divide-se, cresce numa lembrança fugidia. Fugir dos sonhos é como se fosse de manhã. Morrendo, posso falar silêncio. Edificando a morte, não existe o tudo, existe poesia. Abençoa-me, morte. Sangue na veia do nada, como suspirar eterno sem a sombra do respirar. Respirar não é possível, como o existir da poesia. Admirar a poesia não é poesia, é a liberdade da poesia. Como me dar a poesia num fio de dor? Isso é persistência sem dor.