A morte é tão gentil, doce, com a vida, nem parece morte. O tempo foi marcado pela minha ausência, tornou-se a minha presença. A alma dos que não veem liberta a alma do nada. A alma encanta minha presença, adivinha-me onde não existo. É capaz de não existir também, para ficar perto de mim. Existir não é sofrer, é ficar junto da alma sempre, onde existir é tão possível quanto ser. Quando a alma se tornar uma estranha, vou querer morrer. Lembrar-me-ei da vida, quando ela partir. Não quero amar sem a vida. A leitura é a eternidade da alma. Mas a alma não faz a leitura de si mesma. Para deixar a alma me esquecer, tenho que a amar mais do que a mim.