O silêncio isola a mim da vida, mas não isola o meu amor de mim. O vazio é uma liberdade de amor. Para o corpo, todo o meu amor, sem alma, corpo, pela eternidade do corpo, de ser só para um corpo, não o sinto nem pela solidão. A vida, dentro da vida, não é mais vida, é apenas solidão de amor: a eternidade. Na eternidade, o amor é tão só, que não é mais amor. O amor precisa do fim para ser, para respirar, para ser livre. Não aceito o fim. Mas, nem a vida me amará eternamente, mas basta ela me sorrir, é como se ela me amasse para sempre. A presença da vida sou eu, sou eu que não posso faltar à vida. A alma não sofre o amor, vive o amor, como promessa de depois. O amor não precisa ser triste. O fim do amor também é o amor. Minha alma é o corpo do outro, por nunca me ver.