Blog da Liz de Sá Cavalcante

O fim de morrer

Nunca está só o fim do morrer. O fim do morrer não é viver. A morte não consegue ser a morte, nem consegue ser o seu fim. A morte protege minha pele do adeus. Vivo pela minha pele, elas são minhas lágrimas, minhas mortes, razão do meu ser. O tempo do fim é o meu amor, num suspirar eterno, que pousa no sol, na esperança de encontrá-la, alegria, mas o inencontrável do meu ser a encontrou, estava perdida em seus sonhos, mas quando me fez feliz, deixei os meus pensamentos serem você, alegria, pois penso por ser feliz. Mas a morte é mais feliz do que eu: ela é plena, sem nunca pensar. Me acostumei a morrer emocionalmente, preciso de vida, para sofrer ou morrer. Não descansarei em paz, descobri que tenho tanto amor, que somente pode significar viver.