A ilusão deixa a ilusão sem rosto, a falta de rosto é um silêncio profundo. O silêncio se parece com a alma. O silêncio se torna alma, pela falta de existir, como uma vela apagada. Vejo o desaparecer nas cinzas da vida: suave brisa, me refaz. Silêncio, deste-me tua vida, como se fosse minha. Nada nasce por dentro, nasce por fora. As lágrimas escorregam por dentro de mim, cavando minha morte. A pausa no silêncio é caminhar pela eternidade, sendo conduzida pelas palavras, que tornam o silêncio mórbido, deslizar na morte por entre meus dedos, onde meu corpo são apenas dedos, apenas tocar para esquecer, não há perigo em morrer. Acalento, promessa de silêncio e dor.