O fim do desaparecer desaparecer não tem ausência, tem amor. Por isso, é o fim sem fim, no desaparecer, sem ser o fim do desaparecer. O desaparecer é vital para que eu viva. A eternidade não é amor, é apenas uma maneira de encarar a vida pelo que sou, dentro de mim. Querer ser é a falta de ser, da falta do desaparecer desaparecer. O desaparecer não tem ausência, é por onde existe vida, pelo renascer do ser, que torna o que me falta presença eterna desse renascer, mais real do que a vida em si mesma. Não é preciso morrer para renascer. Renascer é transcendência, onde o vazio não persiste. Persistir é o vazio no infinito de mim. Desaparecer na ausência é o único amor que me amou um dia, assim como a vida não se desfaz no pensar. A vida não é pensar, é ser sem pensar o mundo, o céu, é o mesmo amor, mesma perda, mesmo olhar, escondido em ser alguém. Se todo desaparecer fosse apenas sol, luz, eu seria feliz com minha própria luz.