A consciência começa no meu corpo, termina no meu ser! Por isso, a alma nunca será consciência de nada, mas é por ela que não consigo me sentir. A alma é um jeito de morrer em paz. O que quer que morra em mim nunca será eu! Viver o que não dá para viver é ressuscitar a morte, morrer infinitamente, para, assim, conseguir viver um pouco! Pelo céu, deixo de morrer, como se fosse lembrança eterna de você! Pelo céu, ainda não morri, embora já tenha morrido. Dessa mistura com o céu, nasceu a poesia, num tempo que não faz viver, nem faz morrer, mas que me faz pertencer ao que sinto, onde o tempo não dura: ele não pode sentir, mas a mim ele não controla. A vida é muito mais do que viver ou morrer, é poesia!