Modifico-me pelo nada da existência, onde a alegria é apenas olhar a vida, sem percebê-la. Fragmentos do nada, eternizados em pedra. Algo se soltou do nada, sem a vida eternizada em pedra. Luz de pedra a diluir meu amor, como pedras em luz, no saber momentâneo do amor. Deixa-me sentir-me por eu estar distante de mim. A realidade é apenas um corpo dentro de outro corpo, onde posso morrer em paz. Quero morrer no irreal, sem o real de mim. A morte desaparece da alma, nunca do pensamento, por isso não se faz pensar. O ser não é sua morte, ela é exterior ao ser. A distância separa a realidade, não separa o ser do ser. Durmo profundamente na ausência de vida, é como se eu não tivesse morrido, é como se a vida sempre fosse ausente. Ausente como uma pedra jogada no mar.