Blog da Liz de Sá Cavalcante

Eu e a morte somos um único ser

Alma, não há nada que eu queira mais do que ir embora em ti, para não te sentir partir. Minha solidão não é de alma, de sentir, é de existir. A vida, por ela mesma, não existe! A fala não me permite falar, falo em sonhos, inconcebíveis no silêncio da alma. Parece que vou acordar da vida, começar a viver por mim, sentir meu corpo, alma, pelo silêncio do meu amor. O corpo nasceu da alma, a alma nasceu de mim. A necessidade de me deixar na alma fez com que eu a perdesse por me sentir. Senti mais a perda da alma, do que a minha. A palavra rompe o ser com o mundo. A vida é uma palavra inalcançável, é por onde aprendi a dizer amor, mesmo sem outro alguém. A distância tenta se comparar com o amor, eu me comparo comigo. A distância não veio de longe, veio da alma. Nada impede a distância de viver. Eu e a morte, um único ser que se despedaça sem morrer.