Blog da Liz de Sá Cavalcante

Reavivar a memória pelo sofrer

A lembrança cessa a alegria, pela companhia do adeus. Perder vale mais do que viver?! Não há nada que substitua o pensar, nem mesmo o amor. A carência de viver é a morte, como se eu visse as coisas em mim, nelas mesmas. Sentir o amor é anular o amor onde a memória descansa, na ignorância de não amar. Para uns, não amar é sabedoria. Fui cruel por te amar? O que a sabedoria sabe de mim, que eu não sei? Como pertencer à culpa de existir, se se culpar é um despertencimento da alma? A saudade, a falta, é a imensidão do infinito, que cessa o amor, em sua finitude, que não era para ser o seu fim. Escrever é falta de pele, de falar, amar, existir. Reavivar a memória pela verdade do ser, que não é a vida, a morte, é o ser em pleno amor. Não há verdade sem amor. Existe apenas uma única verdade: o amor.