Abstrair o nada não reúne as vivências perdidas na poesia. Abstrair é saber que é possível, sem possibilidade nenhuma. Para abstrair o nada, não receio morrer, como se eu fosse ouvida pelas ondas do mar. Não há lembrança em mim, do que vivi na poesia. A vida, parada diante de mim, como se ela fosse a permanência de tudo. A abnegação é abstrair o nada no amor. Se eu sair do nada, vou morrer, para que meu pensar não seja eu. O eterno é a origem do nada, que se determina sem o céu. A vida e a morte podem esperar, pelo que o céu alcança, sem a vida e a morte. Eu vivi o céu sem morrer. Tudo alcança o inalcançável, mas não alcança o alcançável. O alcançável é o céu.