O corpo age contra a alma, por isso o corpo é para a alma. Ausência é um diálogo interior, que tira o meu ser das palavras, onde posso viver no acreditar da vida. Julgar é uma fé maldita, mórbida. O silêncio é a fé de um adeus, que se apoderou da minha fala, do meu sentir. A solidão é uma alma que tem dona, por isso é livre. A dependência é o fim da solidão. Sem solidão, não há vida, não há ser. O nada é o fim de ser só. O olhar é solitário, os olhos são a lembrança da solidão, mas os olhos não são solitários. A imagem dos olhos é o amor, que o olhar desfaz. O corpo para a alma é trazer meu olhar para a minha presença, é tocar a alma, o corpo, com o olhar, e, mesmo assim, me sentir minha, na minha presença, na de outro alguém.