O martírio se queima por dentro, para amar. Como pude amar a falta de fim na inexistência da minha alma, que escraviza o amor na inexistência? O amor resiste à inexistência, onde tudo se transforma, muda, mais do que o tempo. A mudança não precisa de tempo, e sim de amor. Mas o olhar não se acostuma com o que vê. Não existe amor na visibilidade. A invisibilidade cessa o amor que não existe. Algo existe na invisibilidade, talvez ela seja a existência sem amor. O ser ama, pois vê o infinito com olhos de amor. Logo, tudo parece ser infinito, pelo amor que sinto. Começar é nunca terminar. Começar o amor pelo fim, como se isso fosse o recomeço de mim. Enfim, só. Enfim, descansei. Enfim, adeus.