Blog da Liz de Sá Cavalcante

O tempo é a renúncia da vida sem o ser

A lembrança esvoaça meu ser, sem sol, brisa, vida ou perdão. O que perco na alma, meu coração silencia, vibra. Não sou só por perder a alma, como se tocasse o sol, os sonhos, com as mãos do meu ventre, que renuncia a mim, por me querer. Como pode, alma, me querer sem me ter? Nada faço com as mãos, além de poesia. A poesia são as mãos da alma. Mãos que acariciam o nada, como se fosse um ser. A verdade se calou no nada, pois o ama, queria ser o nada, mas o nada é a ausência da verdade no ser. O sonho despe a alma, no nada, distante do ser.