Apenas a dor não é tédio, rotina. É algo morno, que ferve sem vida, mas com muito amor, que encontrei na dor, como quem encontra a vida. O amor latente se descobre na morte, sem mim, de onde voltará, sem soprar a vida para longe. De longe, amo a vida, mas pareço não a amar sem escondê-la de mim. O amor não basta para viver, mas nem por isso preciso ser eu no amor. O amor não necessita de mim, necessito dele, como uma necessidade de morrer. Morrer é procurar o nada, sem jamais encontrá-lo, deixando uma saída para o amor: de que vou morrer um dia!