O continuar da vida não é eterno, é apenas ser o que se é. Vida, te sinto neste morrer em mim, que não sou eu a morrer, é o tempo que se tornou permanência do ser. Vida, se morrermos juntas, podemos ser unidas. Apenas a morte nos separa. Dessa separação, nasce a eternidade, como sendo o que faltava à vida, para ela amanhecer eternamente em mim. Sem mim, o continuar da vida é eterno no que faz, mas não eterniza o sentir da vida, que morre primeiro do que o meu sentir. Não sinto o amor do meu sentir, mas amo sem nada sentir. O pensar não sou eu, eu sou leve, sou o vento a me imaginar.