Blog da Liz de Sá Cavalcante

A existência do outro não é o fim da minha existência

A morte é apenas a luz, pela qual eu vejo a vida. Pensar é vida, é morte, nunca é adeus. O pensar não tem motivos para ficar em mim. Eu não sou motivo para nada. Pensar é partir, ainda sem pensar. Para que pensar, se posso sair de mim, para ficar com outro alguém? Quem me faria pensar? A vida pensa naquilo que me falta para pensar. A alma vive dentro de mim, eu vivo dentro da alma, onde a presença do outro é um sopro que se faz vida. Como o ar pode ser um sopro de luz? O fim da solidão não é companhia, o fim da solidão é morrer.