Blog da Liz de Sá Cavalcante

Como isolar o nada da consciência?

Me isolar é ter consciência de mim? Se eu for o nada da consciência? Como isolar o que está impregnado na alma? Penso pelo nada, onde a alma existe, disputando os nadas da vida. Mas haverá outros nadas pela vida afora. O nada é a infinitude da vida. O nada é consciência de tudo, tudo é nada, onde a consciência é ilusão apenas. O vazio pode fazer o nada viver de novo, acima de nós, acima do céu. O azul do céu é o nada. O céu é o colorido do nada! Há tantas cores no nada, que o nada se fez sonho, onde fico a pintar minha vida, olhando fixamente para o nada. Tudo se entristece sem o nada, deixa de ser vazio. Logo, nada mais vai se romper como amor. Não se adquire o nada, vivo dentro do nada, onde isolo minha consciência do nada, apenas para morrer por ti! Quem sabe, assim fosse feliz? A alegria do nada é igual à minha: ser o que se é. Viver de tudo, na ausência do nada, é buscar solidão, onde nada existe. Para encontrar solidão, onde não existe nada, é porque posso amar.