Blog da Liz de Sá Cavalcante

As pessoas podem pensar em algo que não seja amor?

A paisagem acompanha a vida sem o suspirar eterno de viver, que sufoca o amor, fazendo sorrir. Sorrir para que o tempo permaneça sem me sorrir. O tempo que se foi não é a vida, é a procura do nada que me impede de viver. Tantas coisas encontrei no nada, menos o nada. O tempo existir como vida, é a mágoa do meu ser. A vida tem tempo apenas para o tempo. Lembranças de que a vida partiu sem o meu amor, mas a vida que tenho hoje é amor. Amar depende da vida que vivo. Há vidas sem amor, que continuam a sofrer por não amarem. É difícil amar, até mesmo quando se ama. A vida já não é amor, durando como se fosse amor. O tempo é o amor que não deveria existir, nem como ilusão. Somente a ilusão conhece o desconhecido. Ficar só é ficar no amor de Deus, onde nada ruim pode acontecer. A morte é sem tempo nenhum. Até o tempo morrer, é sem a morte. A vida não muda, o amor muda. Saber não é viver. Saber viver é morrer. A morte é infundada, indeterminada, para que eu possa senti-la sem morrer. A permanência da morte é o ser. O ser somente se torna o ser como o ser.