A existência não é vida, é morte. A vida não vive o que existe em mim. Quando o existir do não existir se fizer real, ainda serei eu? O mundo precisa existir no vazio. Amar sem relacionar com a vida, sem a vida. A fala do outro não é o que sinto, sinto-me sem falar, a ausência de vida, como eco do silêncio. Falar é deixar o que sinto, sem auxílio de vida. A morte é para toda a vida. Não importa se a vida é luz ou escuridão da morte, o que importa é que ela não existe, sua luz, sua escuridão não faz viver. A vida sem alegria de existir esquece a vida como luz e escuridão, para existir. Deixo o momento ser vida, para que ele necessite de luz, escuridão, até que a vida seja a luz e a escuridão dos meus dias.