A lágrima dispersando-se nos próprios sonhos como se o sonho fosse mais essencial que uma lágrima que pousa nos meus sonhos, para eles serem eternos. A parede falsa entre mim e o mundo é o meu vazio, onde há apenas uma porta aberta. Por essa porta, o sol não entra, penetra na alma, chamas acesas de viver. Será sentir a ausência da alma? Como sufocar uma ausência feliz? Nada mudou pela ausência, assim a vida se ergue do nada, como se o nada fosse o meu corpo. Meu corpo é uma lágrima não sentida. Por causa do corpo, perdi a alma te vendo sorrir. No teu sorrir, não existe meu corpo, minha alma, não existe eu. O céu é a minha inexistência, que não chora, não lamenta morrer. A alma colada na morte, mas o corpo quer viver de corpo e alma. Deixe que minha alma seja minha morte, para que ela seja meu fim. Borboletas voando na minha morte, como se elas fossem o céu. Assim, descobri o infinito de morrer por mim.