Blog da Liz de Sá Cavalcante

A vida é uma pintura do amor

O sonho é exterior ao ser, mas, ao sonhar, não sei se estou sonhando, sei que vejo a vida com o olhar novo, o olhar dos meus sonhos, que me dá paz! Vejo o amor no sonho. Nada se oculta do amor. Sonhar é perder a fé e se render à realidade. Amor sem suspirar não é amor, é esquecer a intimidade do silêncio, pela solidão das palavras. As palavras têm o sentimento para se sentir só, eu sou só sem me sentir só. Alheia a mim, como se eu nunca procurasse por mim, como se eu não fosse eu. Nada em mim me torna eu. Tão perdida por não ser só, que é como se conviver com a vida fizesse a vida existir em minhas mãos, frágeis. Assim, vi como o céu é frágil, sempre azul, infinito. Eu vivi meu fim cheia de cores, amores, perdas, nem por isso o fim foi menos triste, tive que o dar ao azul do céu. Nunca mais fui a mesma sem o fim, nem o fim é o mesmo sem mim. Não importa a vida, importam as cores, para que eu não perceba que meu ser é escuridão. Vou me pintar com as cores da vida, para notar se alguém me percebe. O que importa é que eu me percebo, me percebo em toda cor, todo amor, em toda vida, mas não me peça para também ser feliz, como se eu fosse apenas cinzas. Não quero ser conivente com a dor da vida, mas me peço para te esquecer.