O tempo do tempo não é o tempo, é a morte! Eu sou a distância do tempo, da morte, do amor que torna o tempo o que ele é! Amar também é perder o tempo para o amor. O tempo existe sem amor. Acordar é um instante perdido em sonho, se dividindo em saudade. Mas, saudade de quê? Me senti ausente de mim, da saudade que sinto, que sempre será presença em minha vida. A alma resplandece sem a alma, onde a dor é luz, que ilumina o resplandecer, como se resplandecer fosse alma. A paixão pela alma é escuridão, onde não se pode amar o céu, sem ir ao céu! O tempo do tempo é um céu que não se perdeu dentro de mim. O tempo não pode cessar, meu ser cessa, como o tempo que foi perdido em ser! O tempo não é mais tempo, é lembrança eterna de que nada existiu em mim pelo tempo! Existi sem o tempo exterior e interior, sou apenas eu em mim, sem tempo algum! A existência é a ausência do tempo, no tempo que ficou, a durar como sombra da ausência. A ausência é uma separação com a alma, no amor que ficou, sem ausências ou presenças, apenas eu, apenas nada!