Sorrir o despedaçar de um sorriso, que é mais do que o infinito, é o que consigo sentir por a vida desaparecer como um abraço, sombra desse desaparecer, que não desaparece sem desaparecer a lembrança! É um desaparecer dentro da aparência, onde o possível alcança a realidade! Morrer no único momento de vida é unir a vida à vida, em separar a vida da vida! Não sei mais o que é união ou o que é separação na vida, sei que estou em mim, como se houvesse vida! O nada não é nada, é o que a vida necessita para viver! O nada é a aparência da vida! O nada não mantém o amor no amor. O que torna o amor eterno é o nada do eterno em mim. A aparência pode ser a eternidade do amor! Será que sou apenas o que vejo? E se o que vejo não sou eu?! Ser só é sonhar comigo mesma. Deveríamos lutar pelo nada em nós mesmos! Não querer o nada do outro, nunca será o meu nada, é apenas a permanência do céu, quando o vejo! Até conseguir olhar o céu pelo céu, o nada nunca é o nada com que se olha! O que determina o ser é o nada! O ser jamais pode se esconder no nada de si mesmo. Basta haver o nada, para não haver o conflito! O que vejo, esqueço fácil, o que não vejo é inesquecível, transparente, comum aos olhos! O olhar também sonha, vê seus sonhos como um pedaço de mim! Nem eu conheço meus sonhos, como o olhar os conhece! Talvez, o olhar seja um sonho, no meio do nada! O nada intervém no sonho, quantas vezes preciso sonhar, para que o nada apareça sem minha ausência. O que falta na ausência para ela ser feliz?! Por que ninguém acredita que a ausência é a razão de tudo? O tempo diminuiu a ausência em palavras. Cada vez que olho para a vida, vejo que nada preciso dizer: minha fala é este contemplar. Ninguém devolve o nada a ele mesmo! É fácil morrer, o difícil é aceitar ser nada! O nada substituiu a vida: é o mesmo respirar! Esperança sem vida!