Blog da Liz de Sá Cavalcante

A alma é o sol do céu

As lágrimas são vontade de chorar. Não choro lágrimas, choro vida, onde a alma é o sol do céu! Minha segurança é sofrer! Não existe distância para sofrer! O que pode estar na alma, o que ela é? A alma é distante, como se o sol rezasse pela ausência da vida! O que desencanta minha alma encanta o meu ser. Se eu pudesse alternar entre a vida e a morte, seria ausente! A tranquilidade é o sol, um punhal de sol no meu peito, a florir o infinito! Ninguém me contou que o infinito são flores, mas o infinito são flores! A palavra não existe, existe o ser na palavra. A palavra cessa a vida, a consciência, mas não cessa o ser! A mudança não está no ser, no amor, no indefinido!

O que muda não sou eu, é o tempo! Apenas o fim se transforma, como se fosse mudar pela humanidade. O que mudou no fim foi a ausência, agora eterna! A eternidade da ausência faz do tempo ilusão! Não dá para separar o tempo da realidade, mesmo com o tempo sendo ilusão. A alma é o sol do céu, que dá vida ao tempo, à morte, de se refazerem, como se o céu os esperasse, ansioso. Não há mais o sol, mas há o amanhecer, há vida, que não acontecia pela presença do sol! Nada vejo na luz, nem mesmo a presença do sol! Vejo pela ilusão das coisas, de viver! Nada falta para quem tem ilusões!